Como criar um psicopata


Desculpem por apresetar aqui um assunto que nos desagrada. Mas, penso que o menino de 23 anos,Wellington Menezes de Oliveira, também foi vítima. Não sei se ele foi mesmo diagnosticado com esquisofrenia. Acredito que milhares de médicos psiquiatras e psicólogos irão fazer seus achismos. O que coloco aqui é que acredito que não será nem o primeiro, nem o último caso de violência que presenciaremos nesse país. Criança abusada será abusador. Criança sem limite, não tem noção de responsabilidade e de consequências. Acho mais fácil a sociedade se virar contra esse tipo de pessoa do que ir atrás do que levou a cometer uma barbaridade dessas. Fico muito condoída pela dor dessas famílias. Mas, sei que muitas crianças são mortas todos os dias, e não por um estranho a elas. Quero deixar aqui, esse relato, não para fazer uma comparação com esse rapaz, mas para mostrar a inversão de valores que vemos nossa sociedade passar e quando monstruosidades acontecem, não adianta lamentar.



Receita para criar psicopatas A população do Reino Unido está chocada com um caso que esteve em julgamento neste mês e que foi sentenciado ontem. O crime ocorreu no segundo semestre do ano passado e os detalhes são extremamente perturbadores: Dois irmãos, de 10 e 11 anos, torturaram, espancaram e humiliaram dois outros meninos da mesma idade. Os atos de selvageria e depravação perpretados por estas crianças extrapolaram os limites da compreensão. O crime ocorreu em Edlington, sul de Yorkshire (Inglaterra). Durante 90 minutos dois meninos foram espancados com galhos e pedras, cortados com arame farmado, receberam socos, pontapés, tiveram suas partes íntimas pisoteadas, entre outros. Durante a sessão de tortura, um dos irmãos perguntou a suas vítimas : "Você já está morrendo?" As duas vítimas estavam andando de bicicleta quando foram vistos pelos irmãos, que praticaram o ataque como se fossem "um time". Em uma rotina praticada anteriormente com uma outra criança (que também ficou traumatizada), eles enganaram os garotos, que conheciam da vizinhaça, ao dizer que queriam mostrar-lhes uma raposa morta em uma ravina próxima ao bairro. Ao chegarem à ravina, os garotos foram avisados de que seriam mortos e também ouviram ameaças constantes às suas famílias. O menino mais velho foi estrangulado diversas vezes.




Ambos foram obrigados a comer espinhos e barro e depois tiveram seus pescoços cortados com cacos de vidro de garrafas de cerveja. A promotoria demonstrou que o irmão mais velho focou-se em torturar o menino de 11 anos e o mais novo o de 9 anos.


O irmão mais novo "pulou" no rosto de sua vítima e os dois tiveram seus genitais pisoteados. Tijolos e pedras foram jogados em suas cabeças. Alguns, eram pesados demais para que crianças os atirassem sozinhas e foram soltos na cabeça das vítimas ao invés de arremessados (o mais pesado: 12 quilos). Um laço de metal foi utilizado para estrangular o menino mais velho e arame farpado para cortar a língua do mais novo, que teve seu braço machucado com um pedaço de pau e um cigarro apagado na ferida. Durante os 90 minutos de tortura, os meninos de 9 e 11 anos foram forçados a: tentar matar o outro despirem-se e forçados a realizar atos sexuais tiveram os cílios e orelhas queimados estrangulados com um varal tiveram pias e objetos pesados "arremessados" contra suas cabeças forçados a comer espinhos e sujeira foram colocados sob um lençol de plástico ao qual foi ateado fogo.


Um dos irmãos lembrou-se de que era hora de encontrarem-se com seu pai, ao qual o outro respondeu: "Deixe-me só matá-los para que não contem nada". Ao final, as vítimas só sobreviveram porque os irmãos estavam com dores nos braços após a sessão de tortura e resolveram ir embora. Quando os irmãos saíram, a criança mais nova chamou o de 11 anos para fugirem ao qual ele respondeu "Vai você. Eu não consigo me mexer ou ver. Eu vou morrer aqui.". O menino de 9 anos então saiu da ravina e perambulou pelas ruas de seu bairro, coberto de sangue. Um vizinho riu-se de ver como ele estava coberto de "tinta vermelha", mas ao aproximar-se, viu a extensão dos ferimentos.


O menino apenas disse: "Eles nos bateram com galhos e pedras" e seus olhos começaram a rolar quando entrou em choque. Os vizinhos organizaram-se e encontraram o menino mais velho na ravina. Sua temperatura corporal era 28.5C (sinal de grave hipotermia). Ambos sobreviveram após semanas em tratamento intensivo no hospital da localidade, mas com marcas indeléveis para o resto de suas vidas. Receita para criar psicopatas em casa Durante a investigação do caso, foi descoberto o estilo de vida da família dos dois irmãos.


A família já estava no radar dos serviços sociais há 14 anos: Pai, mãe e sete filhos. Não havia regras, tabus ou restriçoes. Aos 9 anos, ambos fumavam maconha (cannabis) dentro de casa e bebiam cerveja e cidra. As duas crianças cresceram assistindo filmes de terror sadísticos e dvds pornográficos, de onde provavelmente tiraram inspiração para a sessão de tortura. Não havia ninguém para impedir que este fato acontecesse. O pai passava seu tempo a plantar maconha no quintal, sempre com uma lata de cerveja nas mãos. A mãe, consumidora compulsiva de maconha, quando confrontada por policiais sobre o que seus filhos fizeram, respondeu "eu não tenho nada a ver com eles". O pai é um alcoólico violento. Ele passava o tempo intoxicado, a abusar fisicamente dos filhos e da esposa, chegando a cortá-la com uma faca na frente dos meninos.






A família era conhecida na vizinhança: a casa deles era a única com um carro abandonado e uma geladeira (frigorífico) aos pedaços no jardim da frente. A placa da frente da casa dizia, numa tradução minha: "Cuidado, criança brava" (Beware of the Kids).


A familia parecia gostar de sua notoriedade e mesmo serviços sociais tinham "medo" das visitas. Os pais viviam de benefícios sociais do governo (um tipo de "bolsa-família") que era gasto quase que completamente em maconha e álcool. Gradualmente eles passaram a perder o controle sobre os meninos. A mãe havia dito a uma vizinha que costumava colocar maconha no chá deles, "para fazê-los dormir para que eu tenha sossego". Como o dinheiro para alimentá-los e vestí-los era gasto em drogas, os meninos eram incentivados a procurar comida e roupas no lixão dos supermercados.


Quando não perambulavam pelas ruas, os meninos passavam o tempo assistindo filmes ultraviolentos e pornográficos (os preferidos eram SAW e "Brinquedo Assassino"), no que a corte definiu ontem como "um estilo familiar tóxico" e uma "rotina de agressão, violência e caos".


Arrepio-me de imaginar a cena familiar: pai, mãe e os dois filhos mais novos assistindo filmes violentos enquanto fumavam maconha, rindo-se enquanto sangue escorria em quase todas as cenas. E cedo, de fato, a ficção tornou-se realidade. Quando questionados sobre o porquê de terem torturado as outras duas crianças, o irmão mais velho respondeu "Porque não tinha nada para fazer".


O horror foi capturado pela câmera de um celular (telemóvel), no qual se pode ouvir o mais velho dizendo "que imagem ótima". Tudo se passou sem qualquer entendimento do que era certo ou errado, sem medo de qualquer culpa ou punição. Durante os procedimentos do tribunal, os meninos mostraram sentimento apenas quando sua mãe disse que era abusada fisicamente pelo marido.


Quando andavam pelas ruas de seu bairro, eles costumavam carregar vidros quebrados que utilizavam para ameaçar qualquer um que os "denunciasse". Costumavam empurrar deliberadamente outras crianças na frente dos carros em movimento para ver o impacto. Gostavam de colocar fogo no cabelo de meninas e de empurrar senhoras idosas de suas bicicletas. Eles também já haviam matado um grupo de patinhos em um parque.


Os pais se importavam muito pouco e nunca os puniram ou reprimiram. Um psiquiatra infantil que investigou o caso disse que os dois apresentam grande potencial para desenvolver o transtorno de personalidade antissocial. Todos são vítimas de certa forma. Para os dois irmãos provavelmente já é muito tarde e o prognóstico, mesmo agora que foram retirados da família e institucionalizados, já é quase certo.



As vítimas, que recuperaram-se brilhantemente da tortura e mostraram-se bastante resilientes no que tange ao sofrimento físico, tem sofrido de pesadelos, medo e evitam sair da rua. Provavelmente precisarão de auxílio psicológico e psiquiátrico (transtorno de estresse pós-traumático) pelo resto da vida. A amizade entre os dois está bastante estremecida. O pai do menino de 9 anos disse que ele sente muita culpa de ter abandonado o amigo na ravina para buscar ajuda. A família do mais velho, entretanto, acredita que ele seja um herói por ter buscado ajuda.


Critérios para o transtorno de personalidade antissocial: Critérios Diagnósticos pelo DSM-IV-TR (Código: 301.7)


A. Um padrão pervasivo de desrespeito e violação aos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos, como indicado por pelo menos três dos seguintes critérios:


-Fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção;


-Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;


-Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas;


-Desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia;


-Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras;


-Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa.


B.O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade.


C. Existem evidências de Transtorno de Conduta com início antes dos 15 anos de idade.


D. A ocorrência do comportamento antissocial não se dá exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou Episódio Maníaco Transtorno de estresse pós-traumático; A existência de um evento traumático claramente reconhecível como um atentado à integridade física, própria ou alheia, que haja sido experimentado direta ou indiretamente pela pessoa afetada e que lhe provoque temor, angústia ou horror.


A reexperimentação repetida do evento, ou seja: Pensamentos recorrentes e intrusivos (flashback); Pesadelos; Comportamento como se o evento ocorresse novamente. A insensibilidade afetiva, identificável por: Diminuição expressiva no interesse em realizar atividades comuns ou significativas, especialmente se tem alguma relação com o evento traumático. Sensação de alheamento em relação às outras pessoas. Restrição afetiva. Incapacidade de amar. Ativação psicomotora Hiperatividade. Distúrbios do sono. Dificuldade para concentrar-se. Irritabilidade.


Fonte: http://psiquiatriaetoxicodependencia.blogspot.com/


    8 comentários:

    Suhelen disse...

    Existem casos e casos. A esquizofrênia é uma doença e não uma questão de educação dada pelos pais. Lembra do Mateus Meira? Os pais dele não assistiam filmes de horror nem pornográficos, muito menos colocavam maconha no café dele. Claro q a educação é uma questão mto significativa, mas qd se trata de doença mental, tudo muda de figura.

    Vitoria Portes disse...

    Não concordo com sua afirmação, nenhum ser humano, seja esquizofrênico ou doente mental tem o direito de matar CRIANÇAS, de uma maneira tão brutal (atirando a queima roupa na cabeça de cada uma) e ainda ser julgado mais uma vitima da situação em que se encontrava, respeito muito a sua opinião(!!!), mas discordo completamente! Talvez possa parecer radical de mais, mas não consigo crer que alguém que fira ou - em ultima hipótese - mate alguém (em especial inocentes crianças, anjos que tiveram sua vida trancada por um monstro) seja apenas mais uma vitima. E as famílias, e os irmãos e os colegas que viram seus colegas mortos aos seus pés, impossível sentir pena e não ódio de um "ser humano" desses!!

    Vitoria Portes disse...

    Carol, que bom que você me respondeu, hehehe fiquei com medo de ser mal interpretada, mas não, no final você entendeu direitinho o que eu quis falar.. e realmente a vida dele não deve ter sido nada fácil, muito dura e penosa para uma pessoa de apenas 23 anos, mas infeliz a escolha dele de tentar “talvez” amenizar a sua dor.

    Linda é ótimo ver a opinião inteligente de pessoas como você, parabéns viu! Apesar de meu blog falar apenas de moda, gosto muito de ler sobre assuntos relevantes!

    Caroline Monteiro disse...

    Olá Suhelen! Obrigada por deixar sua opinião aqui no blog. Acredito que sabemos muito pouco sobre o que levou esse rapaz a cometer isso e que será difícil afirmar que ele era doente. Acredito que era um infeliz, sem noção da realidade, mas não podemos afirmar mais nada agora, só nos resta lamentar por tudo isso. Bjinhos

    Suhelen disse...

    Carol, tudo leva a crer q ele era realmente um esquizofrênico, mas se ele era ou não, deixo a discussão pra quem entende e estudou sobre isso. O que posso afirmar é que sinto muita dor... é uma pena perdermos crianças inocentes por um motivo aparentemente tão banal. Bjo.

    Anônimo disse...

    Concordo com vc Carol. Quando aconteceu essa tragédia, as pessoas me perguntavam qual é o diagnóstico do executor, respondia que não sabia, mas que tinha certeza de uma coisa: de que muito provavelmente, ele foi vítima de algo muito perverso, e quando digo "perverso", é algo que está muito além do que o senso comum imagina.
    Por detrás de um "Maníaco do Parque" existiu alguém, ou um episódio tão frio e perverso quanto ele.

    Mari - Psicóloga

    Anônimo disse...

    como assim a sociedade deve deixá-los ?eles sao humanos,claro que nao sao capazes de sentir emoções profundas,apenas superficiais e que manipulam a maioria,mas deixá-los não é algo bom,os psicopatas são pessoas que vivem por um propósito falso,se você estudar mais a fundo verá,em 96% dos casos de psicopatas assassinos eles tem um propósito que lhes foi colocado,não por palavras,mas por ações da grande maioria que eles observam e calculam friamente os resultados,sendo assim eles acabam sofrendo de uma "falha cerebral",creio que com o apoio de pessoas que realmente se importam com a vida em si,e que tenham vontade de mudar,podemos ajudar eles a encontrar um propósito verdadeiro e "mostrar-lhes" as emoções mais profundas...

    forbiddendragon33@yahoo.com.br
    (checado de 10 a 30 vezes por ano)

    Anônimo disse...

    Muitas vezes a psicopatia não está ligada a "traumas" anteriores,como eu disse antes,eles manipulam as pessoas,mesmo que não possamos perceber eles podem implantar ideias simples em nossas mentes,é quase como você deixar uma maçã na terra,mesmo você colocando-a inteira e saudável,em pouco tempo ela estará se deteriorando,não que o ser humano manipulado por outro psicopata tenha sua mente deteriorada,mas algo nela muda e ele pode modelar como um pedaço de argila

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